Não deixe que a falta de espaço, tempo ou condições climatéricas ideais o impeçam de ter uma horta ou jardim: veja como neste artigo!
Plantas que o fazem subir paredes? Quase...
Agricultura vertical é o cultivo de várias qualidades de plantas em ambientes fechados, sejam edifícios de vários andares, estufas ou uma divisão lá de casa. Recorrendo a técnicas e tecnologias inovadoras, permitem criar e manter as condições ideais para a produção, num ambiente de temperatura, iluminação, hidratação e nutrição controladas. Assim sendo, pode ter mais colheitas por ano e não depender do clima, garantindo sempre produtos de qualidade.
Ó plantas nas alturas!
Parece o milagre da multiplicação, mas é pura lógica: a verticalização, feita através de prateleiras ou treliças, permite-lhe otimizar o espaço para que produza maiores quantidades numa área menor, reduzindo custos logísticos e facilitando o controlo da produção.
Tira o pé do solo!
Aqui a música é outra: usando técnicas como hidroponia e aeroponia, formas de abastecimento de água e nutrientes que dispensam o solo comum, as plantas ficam em soluções líquidas que potenciam o crescimento e sabor. E repete o refrão da poupança – além do solo, gasta muito menos água que o cultivo tradicional.
Uma ideia iluminada
Em produções maiores, para criar a temperatura e luminosidade adequadas, esta prática recorre a luzes LED de espetro total, que fazem com que as plantas se desenvolvam mais rápida e vigorosamente. Se for o caso, tenha em conta as despesas energéticas e a logística de instalação destes sistemas, para não comprometer a rentabilidade.
No empilhar é que está o ganho
Se usar canteiros ou caixas de cultivo e solo convencional, a instalação de um sistema gota a gota ou regadores ajustáveis ajuda a distribuir a água eficientemente, e o facto de estarem sobrepostos permite reduzir perdas. Dado que o espaço é reduzido, é recomendado usar fertilizantes naturais e em pequena quantidade, para não prejudicar o solo.
Um prédio com boa vizinhança
Ao ter as plantas mais próximas, não só aproveita o espaço, a água, os fertilizantes e a luz, como repele pragas, se souber gerir bem o «condomínio»: as ervilhas são amigas das cenouras, pois libertam o azoto que dá vitalidade às vizinhas; os tomates gostam do manjericão, já que este os defende das pragas. As ervas aromáticas, alfaces e pimentos também são bons «vizinhos», pois crescem em pouco tempo e gostam de partilhar o mesmo espaço.
Pesticidas, dispensam-se: ter as plantas ao alcance dos olhos e mais concentradas ajudará a identificar os inquilinos indesejados. Mas atenção, é fundamental vigiar e atuar rapidamente sempre que identifique pragas ou doenças, para evitar o contágio generalizado. Se for caso disso, prefira repelentes naturais, para não comprometer o ambiente doméstico.
Quando o espaço escasseia e o clima atrapalha, não fique cabisbaixo: verticalize. Depois? É sempre a subir!